A Diversidade dos Fundos de Investimentos

A diversidade de fundos de investimento é grande, oferecendo estratégias para todo tipo de investidor. Os tipos de fundos normalmente encontrados nas instituições financeiras e folders de agentes autônomos de investimento são apresentados normalmente do mais conservador para o mais arrojado, conforme segue :

Fundos DI Curto Prazo

Investem seu patrimônio exclusivamente em títulos públicos pós-fixados com vencimento não superior a 375 dias e prazo médio da carteira de, no máximo, 60 dias.

Fundos de Renda Fixa Pós-Fixada (Fundos DI)

Investem pelo menos 95% do valor de sua carteira exclusivamente em títulos públicos e operações pós-fixadas com rendimento atrelado à variação do CDI/Selic.

Fundos de Renda Fixa Prefixada (Fundos RF)

Investem exclusivamente em ativos de renda fixa prefixada, devendo ter pelo menos 80% do valor de sua carteira investido em títulos públicos federais ou ativos com baixo risco de crédito.

Fundos de Capital Garantido

Tipo de fundo que garante ao investidor o capital investido ou, em alguns casos, o capital investido acrescido de algum rendimento. Isso é feito por meio de operações de risco travado envolvendo opções de compra e de venda, com prazos de vencimento longos. Contudo, exige que o investidor mantenha seu investimento por um período determinado para ter direito à garantia do valor investido.

Fundos de Índice de Inflação

Investem pelo menos 95% do valor de sua carteira exclusivamente em títulos públicos e operações pós-fixadas com rendimento atrelado à variação da inflação. Geralmente, referenciados ao IGP-M ou IPCA.

Fundos Multimercados

Investem seus recursos em diversos tipos de ativos. Possui uma carteira de composição equilibrada que visa uma melhor proteção contra variações negativas de um determinado mercado. Os gestores dos fundos multimercados têm mais liberdade para agradar aos investidores, com aplicações para todos os níveis de tolerância ao risco. Assim, podendo ser em ações, renda fixa, derivativos ou hedge em moedas. Sua rentabilidade costuma ser mais instável, pois os gestores alocam a carteira de acordo com as tendências de mercado. Se a bolsa cai, concentram-se em renda fixa, se sobe, direcionam-se para as ações. Essa atividade implica maior custo de gestão, que se reflete em taxas de administração mais elevadas. São boa escolha para momentos de incerteza, pois sua carteira equilibrada pode ajudar a evitar grandes perdas em caso de crise em algum mercado. São também alternativa para quem quer diversificar mas não se sente em condições de fazê-lo pessoalmente.

Fundos Balanceados

Similares aos fundos multimercados, porém com a exigência de explicitar em seu regulamento a composição de cada ativo na carteira – por exemplo, 45% em ações, 50% em renda fixa e 5% em alavancagem. Esse detalhe cria uma eficiência interessante: o rebalanceamento automático. Se as ações caem, a carteira sai da meta proposta e o gestor é obrigado a comprar mais ações; se sobem, ele é obrigado a vender. Na prática, fundos balanceados são fundos que compram na baixa e vendem na alta;

Fundos de Índice de Ações ou ETFs (Exchange Trade Funds)

Montam sua carteira de forma a espelhar a composição de um índice, como o Ibovespa (no caso do fundo negociado na BM&FBOVESPA sob o código BOVA11) ou o IBrX50. Sua estratégia passiva oculta a interessante vantagem de defender-se de papéis de altíssimo risco no longo prazo, pois papéis pouco desejados pelos investidores automaticamente deixam de fazer parte dos índices e, consequentemente, deste tipo de fundo. 

Fundos de Ações Ativos

Com diferentes estratégias para cada fundo (dividendos, small caps, sustentabilidade, etc.), esta modalidade obrigatoriamente investe ao menos 67% de seu patrimônio em ações;

Fundos Setoriais

Investem exclusivamente em empresas de um setor da economia definido em sua política de investimento. É uma alternativa arrojada, por seu caráter especulativo que limita o poder de decisão do gestor. Adequado para carteiras de médio prazo;

Fundos Long/Short

Sua estratégia é comprar uma determinada ação, com tendência de alta, e assumir o compromisso de vender outra, com tendência de queda, para obter ganho com a diferença entre essas operações. Sobretudo, sua rentabilidade e volatilidade são mais baixas do que no mercado de ações, o que os leva a serem  classificados como fundos multimercados, com tributação seguindo a mesma regra da renda fixa;

Fundos Cambiais

Investem pelo menos 80% de seu patrimônio em ativos relacionados diretamente à variação do euro ou do dólar, visando acompanhar a cotação da moeda estrangeira com alguma margem de lucro. Entretanto, a maior parte dessa margem é consumida pela taxa de administração.

Fundos Alavancados

Atente para esse nome, que costuma acompanhar fundos de diversas categorias, tais como de Ações, Multimercados e outros. Fundos alavancados são os que utilizam mais dinheiro do que têm em seu patrimônio para realizar uma operação. Como o aluguel de ações, visando maior possibilidade de retorno com maior risco.

Conclusão

Apesar da taxa de administração, existem situações em que os fundos se mostram como alternativa matematicamente mais eficiente do que o investimento direto em títulos. Nos fundos de renda fixa, por exemplo, caso você tenha acesso àqueles que cobram menos de 0,5% ao ano de taxa de administração, provavelmente seu dinheiro renderá mais. Sobretudo com melhor estratégia do que se dependesse de suas escolhas via Tesouro Direto, sujeitas a corretagem e taxa de custódia. Nos fundos de ações, a vantagem está na diversificação a baixo custo. Consulte os fundos de ações que seu banco lhe oferece, pois a maioria dos grandes bancos oferece fundos com boas estratégias para quem pode investir apenas R$ 100 iniciais.